“É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis.” Apoc. 10:11.
Há um enorme significado histórico neste texto. O capítulo dez do livro de Apocalipse não termina com a doçura da mensagem do livrinho, muito menos com a amargura da digestão desta mensagem. Afortunadamente, a profecia previa que, após o desapontamento causado pelo não retorno de Cristo, o pequeno povo que permaneceu fiel receberia uma grande missão: Anunciar a última mensagem de salvação a todo mundo. Ultrapassar os limites territoriais, culturais e lingüísticos para alcançar toda a população da Terra, apresentando a tríplice Mensagem Angélica.
Os que receberam esta missão eram poucos e desprovidos de recursos financeiros. Habilitava-os apenas o fato de que eram sinceros e buscavam avidamente a pura verdade bíblica.
Os anos que sucederam ao desapontamento constituem um curto período de redescobertas doutrinárias, destacando-se a doutrina do santuário celestial, breve retorno de Cristo e o sétimo dia da semana como o Santo Sábado do Senhor.
Com esta base de crenças, os adventistas pioneiros receberam, por intermédio de Ellen White, a seguinte mensagem:
“Deves começar a publicar um pequeno periódico e mandá-lo ao povo. Que seja pequeno a princípio; mas, lendo-o o povo, mandar-te-ão meios com que imprimi-lo e alcançará êxito desde o princípio.” Vida e Ensinos Pág. 127.
Aí estava o método que o Senhor havia escolhido para cumprir Apocalipse 10:11. Embora a tarefa de imprimir um periódico fosse enorme para as possibilidades dos pioneiros, sem dúvida foi o método mais acessível, mais rápido e de maior alcance naquele momento.
Assim foi iniciada a obra missionária da pregação do evangelho por meio das publicações adventistas. A seguir, veio o desenvolvimento da Igreja. Estabeleceram-se Colégios, Sanatório, e uma Editora, que veio antes de todas as demais instituições.
A Igreja organizou-se, constituiu Associações, Uniões e Associação Geral. Mas, a mensagem permanecia: “É necessário que ainda profetizes...”.
Foi sob este desafio divino que a Colportagem Evangelística da IASD foi estabelecida. Com o aparecimento dos primeiros Colportores na década de 1880, a Igreja ganhou mobilidade para penetrar em territórios ainda não alcançados.
Durante o último quarto do século dezenove, a Igreja literalmente alcançou os quatro continentes; na maioria deles, a mensagem chegou primeiramente por meio das publicações enviadas da América do Norte ou por mãos de Colportores Evangelistas, verdadeiros heróis-conquistadores.
A obra da Colportagem nasceu como gêmea-siamesa da missão da Igreja. Ninguém pode negar a eficácia da obra do Colportor Evangelista e do poderoso mensageiro silencioso que é a página impressa.
As orientações do Espírito de Profecia incentivavam as atividades com publicações, que diretamente previam o que ocorreria num futuro próximo.
“De cidade em cidade, de país em país, eles devem levar as publicações que contêm a promessa da breve volta do Salvador. Estas publicações devem ser traduzidas para todas as línguas; porque a todo o mundo deve o evangelho ser pregado...” Testimonies Vol. 9, Pág. 34.
Durante o século XX, por meio da Obra de Publicações, a IASD foi estabelecida em muitos lugares. Vilas, sítios, pequenas e grandes cidades. Onde a voz do pregador não podia chegar, ali o Colportor Evangelista plantava a semente. Pessoas que de outro modo não conheceriam a verdade, receberam-na das mãos consagradas de um Colportor.
Não nos é possível enumerar as conquistas das publicações e dos Ministros da Página Impressa. O resultado final somente é conhecido por Deus. As surpresas e os troféus serão conhecidos a partir dos primeiros instantes da eternidade, quando histórias e mais histórias serão completamente reveladas.
Neste início do século XXI, aproximadamente vinte e oito mil Colportores Evangelistas, incluindo os Estudantes, levam de casa em casa, em todo o mundo, a mensagem do advento. Ademais, de seu laborioso ministério, unem-se a eles milhares de irmãos e irmãs voluntários que espalham sistematicamente publicações missionárias.
Os que têm a oportunidade de viver neste tempo e receberam o chamado de Deus, necessitam comprometer-se com a mesma missão. A tarefa ainda não foi terminada. Muito há para ser realizado. Até os últimos instantes deste planeta, as publicações cumprirão sua missão, pois está escrito:
“Enquanto continua o tempo da graça, haverá oportunidade para o Colportor trabalhar.” Mensageiros da Esperança Pág. 17.